Egoísmo e interação

Autores

  • Rodrigo Figueiredo Suassuna

Resumo

Este artigo busca propor um conceito de egoísmo, com vistas à compreen­são de contextos microssociais, ou de contatos face a face. O ponto de partida é a tese geral da existência do alterego, de Alfred Schutz. Segundo essa tese, a interação é uma experiência vivida pelo eu (ego) a respeito do outro (alter) em um caráter de simultaneidade vívida. No egoísmo, o outro não se constitui como tal para o agente, mesmo partindo de um contato visual ou conversacional. O egoísmo seria assim um atributo de microcontextos em que, graças a obstáculos ou a desistências, as interações não chegam a se concretizar. A insegurança nos contatos sociais aparece como fator emocional da psicogênese do egoísmo. Propõem ­se três tipos ­ideais de contatos egoísticos: o estranhamento, o alheamento e o retorno.

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