“A terra não é pra vender. Ela foi feita por nhanderu”

Kokue jopara versus arrendamento para atividades do agronegócio

Autores

  • Felipe Mattos Johnson Universidade de Lisboa

DOI:

https://doi.org/10.14244/contemp.v15.1422

Resumo

O arrendamento em Terras Indígenas se impõe como um dos impasses da vida atual para os Kaiowá e Guarani, derivado das transformações provocadas pelo avanço das frentes agropastoris em seus territórios a partir do final do século XIX. Neste artigo, pretendo discutir etnograficamente o arrendamento monocultor e suas redes de relações contra as kokue jopara, roças tradicionais diversificadas. Este fenômeno se vincula à pressão direta do agronegócio contra os territórios indígenas e é deflagrador de uma nova modalidade de desterritorialização, que institui um conflito entre os indígenas que cedem ao assédio e os que se recusam.

Downloads

Publicado

2025-12-22

Edição

Seção

Dossiê 3: Processos de territorialização: resistir, retomar, “recuperar” e “liberar” corpos, terras e territórios (Orgs. Leandro Bonecini de Almeida e Mariana Homem de Mello Reinach)